sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fragmentos de Luz

  1. - Sshhh! Apague. (B apaga. Tempo longo. Baixo)
  • Sobre o processo de pesquisa e criação de iluminação dos espetáculos.
Com vista de trocar experiências com pessoas envolvidas com o Teatro, uma vez que tenho o curso técnico em Cenografia e me dedico aos estudos da iluminação cênica e experimentos, aceitei com muita honra participar do projeto do Diretor Paulo Santana, que trás á tona o Teatro do absurdo de Samuel Beckett com seus personagens cheios de neuroses e loucuras que se negam a ousar, utilizam desculpas para justificar uma vida medíocre.
Falar sobre o processo de criação de iluminação desse projeto "Teatro para todos: encenação e debate das obras de Samuel Beckett" é um prazer muito grande porque às vezes eu me pergunto se as pessoas entendem a Iluminação como arte, linguagem ou apenas uma técnica. Se elas sabem que Iluminação de televisão, cinema e Teatro são três linguagens completamente diferentes.
A iluminação cria uma atmosfera, que vai se caracterizar a partir de uma ação dramática, ou seja, a iluminação trabalha em cima de contextos criados a partir da leitura e releitura dos textos, e da criação e desenvolvimento das cenas que diretor e ator se empenham em transmitir.
Durante os ensaios que comecei a freqüentar fui apresentada ao Ney, que é outro colaborador do processo e excelente iluminador com o qual tenho aprendido bastante. Deste encontro se firmou uma parceria e desde então temos uma missão: criar uma luz absurda para os espetáculos.
Estamos em fase de pesquisa e experimentos trabalhando com refletores diversificados, definindo gobos, Cor, direção e sentido, movimento de transição e entrada e saída dessa luz, lendo e relendo os textos e a cada intervenção, vamos concebendo a luz definitiva. As coisas estão tomando forma.
- iluminadores:
  • Malu Rabelo.
  • Ney Santos.

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